Com o desenvolvimento do mercado de investimentos no Brasil, já era possível ver que a procura por investimentos internacionais era uma crescente, porém, com a chegada da pandemia da COVID-19, esse tipo de produto passou a atrair ainda mais a curiosidade dos investidores. Existem vários motivos para esse maior interesse neste momento: entre eles, a abrupta desvalorização do real perante o dólar, a possibilidade de investir em empresas que não são negociadas na bolsa brasileira e uma maior diversificação da carteira.
Como fazer este movimento? Quais são as alternativas?
- Certificado de Operações Estruturadas (COEs) baseados em ativos no exterior: este tipo de investimento difere muito entre si, mas a maioria possui capital protegido, o que possibilita buscar rentabilidade sem risco de perda financeira.
- Fundos de Índice (ETF): negociados em bolsa e replicam um índice no exterior, por exemplo, o IVVB11 que replica o S&P500.
- Brazilian Depositary Receipt (BDRs): são recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na bolsa brasileira. Neste caso, é possível comprar recibos de ações da Apple ou Amazon, por exemplo.
- Fundos de investimento que invistam no exterior.
Essas quatro alternativas dariam possibilidade de investir em ativos internacionais, porém algumas delas têm restrição para o público geral.
Os COEs e os ETFs podem ser utilizados por qualquer pessoa, são o chamado Varejo.
Os BDRs só podem ser utilizados por investidores qualificados.
Os fundos de investimento que aplicam mais do que 20% do seu patrimônio líquido no exterior só podem ser direcionados para investidores qualificados. Caso o fundo invista até 20%, ele pode ser distribuído para o varejo.
Mas qual pessoa física se enquadra como investidor qualificado?
- Aquelas que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM.
- As que detenham investimentos financeiros em valor superior a R$ 1 milhão e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio.
Entendi que o investidor qualificado pode ter todas essas opções, mas quais seriam as alternativas de fundos que investem no exterior para clientes varejo?
A linha de fundos indexados TREND, que a XP disponibiliza aos seus clientes, traz possibilidade de investir em alguns índices internacionais e sem restrição. Por exemplo:
- Trend Bolsa Americana: replica o S&P500, índice de ações americano.
- Trend Tecnologia FIM: replica o MSCI US Investable Market Information Technology, índice composto por ações do setor de tecnologia.
Além disso, o investidor de varejo pode aplicar em fundo de BDRs, o Western Asset FIA BDR Nível I, por exemplo, um fundo com gestão ativa que negocia esses recebíveis na bolsa brasileira.
Também é possível atingir investimentos no exterior por meio dos multimercados tradicionais. A maioria deles costuma ter uma política de investimento que lhes permite investir no exterior, para melhorar a diversificação da carteira.
Dentro desses produtos de investimento, podem existir outras opções, qualquer dúvida pergunte ao seu assessor!
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