Você comete algum destes erros ao investir?

Investir é para todos, mas necessita conhecimento e hábito. O conhecimento podemos adquirir estudando o assunto ou contando com a ajuda de um especialista. O hábito tem a ver com disciplina, portanto pode ser implementado, alterado ou mesmo perdido. Mas se é assim, por que nem todos conseguem ser disciplinados?

O fato é que investir é simples e, ao mesmo tempo, pode ser complicado. Neste artigo, vou comentar alguns erros comuns que podem custar caro aos investidores. A boa notícia é que uma vez diagnosticado o problema, existe uma solução.

1. Investir requer disciplina. E a disciplina não é uma herança genética. Muita gente usa a falta de disciplina como desculpa para não conseguir juntar dinheiro e investir. Assim como atividade física, alimentação equilibrada, entre outros, disciplina é questão de hábito, esforço constante de manutenção, dia após dia. Para os que têm facilidade, ótimo. É apenas uma questão de continuar praticando e se aprimorando. Para quem precisa começar, pense em um processo gradativo, lento, em que as mudanças aparecem aos poucos e não em dias. É igual dieta. Pode fazer uma que dê certo por alguns meses, mas, para levar até o fim da vida, é preciso uma reeducação total dos seus hábitos. Por vezes, as pessoas se veem obrigadas a mudanças de hábitos. No caso de um susto, como uma doença, um mal estar, percebe-se que para continuar vivendo com qualidade de vida terá que mudar a rotina. O susto, agora em se tratando de finanças, pode ser a perda do emprego ou a redução do salário. A rotina, se executada com comprometimento, levará à recompensa, que é essencial para mudanças. Ninguém consegue mudar sem enxergar a vantagem ou o objetivo, que podem ser chamados de recompensa. 
2. Objetivos claros. Tenha um ou muitos motivos para os pequenos sacrifícios de curto prazo que gerarão um ganho maior no longo prazo. Estou falando da recompensa mencionada no ponto anterior. Ninguém começa a fazer mais atividade física ou cortar doces e refrigerantes do cardápio se não enxergar um retorno claro. No caso de dietas ou exercícios, é o ganho em qualidade de vida, um físico mais bonito. Em cortar gastos para poupar dinheiro e investir, pode ser um sonho, como a casa própria, faculdade no exterior para os filhos ou uma aposentadoria mais confortável. Se consegue enxergar o fim, o caminho se torna mais leve.
3. Não seja emocional. Todo investidor é essencialmente emocional em suas decisões. É isso o que leva muita gente a vender suas ações em um dia de pânico mesmo que saiba que os altos e baixos são comuns ao mercado acionário. Investidores profissionais, por outro lado, estão treinados a não agir de forma emocional nessas horas. Dessa forma, precisamos descobrir como aprimorarmos nossas habilidades mentais para nos tornar ganhadores no mercado de ações. Em primeiro lugar, você precisará gastar tempo em uma autoanálise. Em sua mente, estão o problema e a solução. Ser emocional ainda leva a outro ponto. As pessoas gostam de emoções, de sentir o frio na barriga. Investir em ativos de risco as faz pensar que são aventureiras e essa excitação, que é uma forma de prazer imediato, pode levar a tomar mais risco que seu nível de tolerância permite, e assim sofrer o desgaste emocional ao ver seus ativos perdendo valor, o que acontece em algum momento.
4. Não olhe para a grama do vizinho. Ela poderá parecer sempre mais verde, se não estiver atento a essa armadilha mental. É muito frequente em grupos de discussões sobre investimentos, em que só existem pessoas que se vendem como investidores bem-sucedidos, as chamadas oportunidades que todos aproveitaram, menos você. É uma farsa, todo investidor, mesmo os profissionais, já cometeu enganos ou perdeu dinheiro em algum momento da vida, seja por escolhas erradas ou pelo risco inerente ao tipo de investimento. Foque apenas em fazer o correto, de forma sistemática. Esqueça os outros. Até porque não existe almoço grátis. Se um investimento gera muito mais retorno que outro é porque assume muito mais risco. Uma alocação eficiente envolve a escolha de bons produtos alinhados ao seu perfil. Um investidor conservador não poderá ter ações em carteira, por exemplo. O que nos leva ao último erro.
5. Respeite o seu perfil de risco. Suitability é a adequação dos produtos de investimentos ao perfil do cliente. As instituições financeiras são obrigadas a aplicar um questionário para levantar se o investidor é conservador, moderado ou agressivo. Dessa forma, protegem o cliente e evitam conflitos de interesses, como, por exemplo, um gerente de banco ou assessor de investimentos sugerindo uma aplicação apenas porque a comissão na venda daquele produto é interessante. Lembre-se de que não existe investimento de baixo risco, mas com grande potencial de ganho. É o chamado cobertor curto. Se quero mais segurança, abro mão do retorno; se quero mais retorno, terei que correr mais risco.  Diversificação. Arriscar todo seu dinheiro em um único ativo ou em uma carteira de risco pode ser fatal. Dizem que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Com o risco também é assim: risco na dose certa enriquece, risco demais aniquila.

Espero que essa lista o ajude na sua jornada como investidor. São erros bastante comuns que nossos clientes cometem. Se quiser trocar uma ideia, uma opinião, mande-me um email.

Ótimos investimentos!