Qual investidor nunca pensou em ter ações da Apple, Google ou Facebook em sua carteira? Antes, era preciso ou ser um investidor qualificado aqui no Brasil ou abrir conta em uma corretora lá fora. Agora, existe uma forma mais simples de negociar ações de empresas estrangeiras: são as BDRs, que antes tinham pouca liquidez e eram restritas a poucos, já estão ao alcance de qualquer um.
BDRs são Brazilian Depositary Receipts ou certificados de ações emitidos por empresas de outros países. São negociados na nossa Bolsa de Valores, a B3. Não são exatamente as ações da empresa no exterior, mas títulos representativos. Esses certificados são garantidos por instituições financeiras, as custodiantes.
Por outro lado, não é necessário abrir conta em uma corretora lá de fora, nem fazer remessa internacional de dinheiro ou sofrer com a variação cambial. Basta ter uma conta em uma corretora do Brasil, como a XP, por exemplo. Os BDRs são negociados na moeda local, o que elimina taxas e burocracia.
Existem mais de 600 opções de BDRs, mas algumas chamam a atenção, claro. Fazem parte do nosso dia a dia, estão sempre no noticiário. Quem nunca ouviu falar ou até mesmo comprou algo da Disney ou usou o Uber? Essa familiaridade gera confiança nos investidores.
Neste ano intenso de pandemia, cheio de volatilidade, algumas dessas empresas brilharam na bolsa americana, em especial, as chamadas Big Tech, empresas de tecnologia. Caso da Tesla, Apple, Amazon e Facebook, que fizeram a alegria dos acionistas, com valorizações incríveis, mesmo levando em conta as quedas dos mercados em março e abril.
Mas vale a pena investir em BDRs?
Entre as vantagens de se investir em BDRs, está a diversificação, já que a exposição será em ativos negociados no exterior, em dólar. A enorme maioria é de empresas norte-americanas, mas também da Europa, China e vários outros países.
Os custos são outro ponto interessante. Os valores são iguais aos praticados em ações. Hoje, para comprar o lote do tamanho que quiser de Microsoft ou Coca-Cola, o investidor pagará apenas 4,90 por ordem executada. Ótimo, né? E a quantidade mínima é de 1 unidade de BDR. É possível fazer pelo Home Broker (HB) da corretora ou outra plataforma de negociação que roteie ordens. Se quiser fazer por uma mesa de operações, pagará mais caro, mas é bem fácil enviar ordens pelo HB ou outra plataforma, basta digitar o código do ativo.
A tributação do Imposto de Renda é de 15% sobre o ganho obtido ao vender sua posição. Por enquanto, não há a isenção de vendas abaixo de R$ 20 mil, igual existe em ações. Portanto, se teve lucro, precisa pagar imposto.
Uma curiosidade: é possível ficar vendido em BDR, ou seja, se você acha que o preço da ação vai cair, pode alugar a BDR e vender a descoberto, uma forma de ganhar com a queda do ativo.
Sobre os dividendos, devem ser entendidos como rendimentos recebidos de fonte no exterior. E, para os investidores que focam nos dividendos pagos, atenção, várias empresas de alto valor de mercado, como Google e Facebook, não pagam dividendos há 10 anos. O ganho é na valorização do preço da ação. Quando há distribuição de dividendos pela empresa no país de origem, os valores são repassados aos investidores do Brasil.
Um dos pontos negativos ainda é a falta de liquidez, que está concentrada em poucos ativos. Os dez BDRs mais negociados respondem por mais de 40% do volume médio diário. Mas isso tende a mudar à medida que se tornem mais populares e sigam crescendo o número de investidores em bolsa. Em um futuro próximo, teremos opções de renda fixa para quem deseja investir no mercado de dívidas internacionais e outros lastreados em fundos de índice (ETFs)
Enfim, são ótimas novas para quem gosta de investimento em renda variável. Ficou mais fácil e mais barato investir nas grandes empresas mundiais. Aproveite, abra sua conta na XP Investimentos e conte com a nossa assessoria exclusiva.
Ótimos investimentos!
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