O que é um Fundo de Investimento Imobiliário
Tradicionalmente no Brasil, a ideia de viver de aluguel sempre foi sinônimo de estabilidade financeira, segurança e fonte de renda passiva.
Até as décadas de 70 e 80, era bastante comum conhecermos, em nossa cidade, algumas pessoas que possuíam diversos imóveis e dali tiravam seu sustento até o fim da vida, invariavelmente deixando os imóveis de herança para filhos e netos.
Ainda hoje, essa ideia faz bastante sentido. Afinal, imóveis são físicos – pode-se entrar neles, reformá-los – além de apresentarem uma percepção maior de valor, valorizam-se com a passagem do tempo e, quando alugados, proporcionam um rendimento razoavelmente estável por longos anos.
O mundo, obviamente, mudou. A expansão das cidades despertou o desenvolvimento de uma pujante indústria imobiliária. Aquele imenso terreno deu lugar a um grande conjunto comercial, até mesmo um shopping center. Aquela pequena vila de casas foi substituída por grandes conjuntos habitacionais ou comerciais e aquela antiga fazenda no interior acabou se transformando em um luxuoso condomínio fechado.
A partir dessas transformações, o mercado financeiro detectou uma grande oportunidade para, sem perder a ideia original – que continua excelente –, criar Fundos de Investimento especializados no ramo imobiliário. Daí nasceram os Fundos de Investimento Imobiliários.
Também conhecidos por sua abreviatura, os FIIs são nada menos que uma forma de investimento coletivo que aplica dinheiro em empreendimentos imobiliários.
A partir da ideia de que qualquer pessoa pode comprar um imóvel e receber rendimentos de aluguel, fica fácil entender que isso pode ser feito em conjunto com outras pessoas ou investidores.
Coletivamente, esses investidores juntam uma quantidade grande de dinheiro e, então, um gestor profissional usa aquela grande quantidade de dinheiro para comprar imóveis, alugá-los e entregar a renda obtida para os investidores de modo proporcional à sua participação no montante de dinheiro coletado.
Para facilitar o investimento, o montante daquele capital é dividido em cotas de valor unitário acessível, de modo que fique mais fácil para cada investidor comprar e vender cotas.
O gestor, por sua vez, será remunerado por seu trabalho de administrar o FII e também os imóveis. Essa remuneração será equivalente a 5% das receitas geradas pelo Fundo. Os restantes 95% serão distribuídos aos cotistas sob a forma de dividendos.
Os FIIs constituem-se como um tipo de investimento que agrada e atende praticamente todos os perfis de investidores. Isso acontece porque mesclam características de renda fixa e de renda variável. Eles têm a segurança e a valorização dos imóveis, a liquidez das Ações e a rentabilidade da renda fixa, mas com a diferença de que as cotas se valorizam.
Como são muito menos voláteis que as ações, as baixas nas cotações são menores que as das ações.
Por essas características, esse é um investimento particularmente indicado para quem está acostumado a investir em Renda Fixa, mas gostaria de experimentar alguns ativos de Renda Variável.
Além disso, pela reaplicação de dividendos e a realização de aportes constantes, os FIIs são bastante indicados para formar uma ótima carteira previdenciária, que garantirá rendimentos mensais perenes.
Nas próximas aulas, iremos conhecer os diversos tipos de FIIs, sua tributação, uma comparação entre o investimento em Fundos e a compra de imóveis físicos e, finalmente, mostraremos como compor uma carteira lucrativa de FIIs.
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