O que um COE tem de especial?
Como você viu na aula anterior, um COE é um instrumento que pode ser formatado para atender cenários específicos. Por essa razão, ao mesmo tempo em que ele pode reunir características de diversos instrumentos e produtos financeiros, também pode ser bastante diferente de todos os outros tipos de investimentos e apresentar características bastante próprias, como as que veremos a seguir.
Liquidez
O fato de esse tipo de produto financeiro apresentar características específicas, obriga os gestores a adotarem prazos-limite de resgate. Funciona mais ou menos como alguns Fundos com carência para resgate, só que, no caso dos COE, a carência coincide com seu vencimento. Portanto, como regra geral, a liquidez de um COE é considerada baixa.
Segurança
Por ser um produto financeiro formado pela combinação de um ou mais ativos ou derivativos, o COE não possui cobertura do FGC. Sua segurança estará atrelada à instituição financeira emitente e também aos ativos que o compõe. Por essa razão, é importante que o investidor realize uma boa pesquisa para avaliar a saúde financeira da instituição.
Tributação
Quanto à tributação, o COE segue a mesma tabela regressiva utilizada na renda fixa:
– 22,5% de IR sobre o ganho para vencimento até 180 dias.
– 20% de IR sobre o ganho para vencimento entre 181 e 360 dias.
– 17,5% de IR sobre o ganho para vencimento entre 361 e 720 dias.
– 15% de IR sobre o ganho para vencimento acima de 721 dias.
A tributação é feita diretamente na fonte e ocorre somente no vencimento do COE. Uma grande vantagem é que não há come-cotas nesse tipo de investimento. Além do IR, não há nenhum tipo de taxa que incida sobre os COEs.
Indexação
De um modo geral, os COE são atrelados a um indexador que pode ser tanto brasileiro quanto internacional. O indexador poderá ser um índice como o Ibovespa ou qualquer índice de ações, um índice econômico, uma ação ou um conjunto de ações, ou, até mesmo, algum Fundo. A rentabilidade do COE dependerá dos ativos a que ele estiver indexado.
Previsibilidade
Uma das características interessantes de um COE é a sua previsibilidade. Antes mesmo de você aportar seu dinheiro, saberá os cenários de ganho e de perda no vencimento. A título de exemplo, você poderá ter um COE em uma situação em que, se o indexador subir, você ganha a variação de subida. E se cair, você recebe seu dinheiro de volta sem correção, o que neste caso é uma vantagem. Digamos que você invista em um COE indexado às variações do Índice Bovespa, se a bolsa subir, você ganha, e, se a Bolsa cair, você não perde.
Esse é apenas um exemplo ilustrativo, mas possível de ser encontrado nos COE. Existem inúmeras outras possibilidades e uma boa conversa com seu assessor de investimento poderá ajudá-lo a escolher o COE que melhor se adeque às suas expectativas.
Aporte mínimo
Por ser um produto complexo e diferenciado, é natural que esse tipo de investimento exija um aporte mínimo para viabilizá-lo no mercado.
Felizmente, a indústria de COE tem crescido e hoje os aportes têm valores de entrada bastante razoáveis. Atualmente (2019), é possível encontrar COE com aportes mínimos a partir de R$ 5.000,00.
Fluxo de pagamentos
Outra vantagem do COE é que ele pode ser configurado para resgates em forma de fluxo de pagamento ou somente no vencimento.
Adaptável
Finalmente, por causa de sua versatilidade estrutural, sempre haverá um COE adaptável ao perfil específico de cada investidor, do mais conservador ao mais arrojado. No entanto, cabe ao investidor alocar seu capital somente nos COE compatíveis com seu perfil.
Descubra os melhores objetivos para seu perfil.