Banco ou corretora?
Faz parte do senso comum a ideia de que Bancos são instituições confiáveis e muito seguras. Afinal, principalmente no Brasil, são raros os casos de Bancos que quebram. Todos eles são muito grandes e apresentam lucro todos os trimestres, quando publicam seus balanços.
Isso cria a falsa ideia de que investir através de um Banco é seguro e rentável.
Muitos investidores, quando adentram o mundo do investimento, o fazem através do banco onde mantém sua conta corrente. Afinal, já está tudo ali à mão, conhecem o gerente da agência, a transferência de valores para as aplicações sai direto da conta corrente.
Mas será que toda essa conveniência se traduz em otimização da rentabilidade para o seu dinheiro?
Ao prestarmos um pouco mais de atenção às atividades de um banco, vemos que existem diversos conflitos entre sua atividade e a expectativa que um investidor tem para o seu dinheiro.
Em primeiro lugar, devemos lembrar que o banco usa o dinheiro dos clientes para ganhar mais dinheiro. Dessa forma, quanto mais barata for sua captação de recursos, maiores serão seus lucros. Imagine um banco que vive incentivando seus clientes para aplicarem seu dinheiro em Títulos de Capitalização – um investimento que remunera bem menos do que a poupança, mas que, em compensação, promove sorteios periódicos.
Aquele dinheiro que o banco capta nos Títulos de Capitalização a, digamos 3% a.a., provavelmente será emprestado a alguém via cheque especial a mais de 200% a.a.
Nota-se aí que o banco está mais interessado no spread – que é a diferença entre o quanto ele ganha e o quanto paga para obter dinheiro – do que propriamente na necessidade e expectativa do cliente. Se fosse o contrário, não haveria Títulos de Capitalização no mercado.
O gerente de sua conta, como funcionário do banco, possui metas a cumprir, e estas estarão necessariamente ligadas às metas de lucratividade do banco.
Além disso, ao buscar alternativas de investimento, o gerente do seu banco estará limitado às opções da instituição que o emprega, o que, necessariamente, limitará o espectro de possibilidades do investidor.
Ao investir através de uma corretora, você irá se deparar com uma função equivalente à do Gerente do Banco. É a função do AAI, que vimos na aula anterior.
A grande e fundamental diferença é que uma corretora se parece mais com uma loja multimarcas. Ou seja, na "vitrine" da corretora, o investidor irá encontrar produtos financeiros de muitos bancos e gestoras, desde as grandes instituições até os bancos menores, que, para se destacar, oferecerão produtos de melhor rendimento.
Além disso, a corretora dará acesso direto a ativos como ações, contratos futuros e derivativos, que poderão ser utilizados para potencializar ganhos e também para proteção de uma carteira de investimentos.
Nesse ambiente, e sem metas a cumprir com uma instituição particular, o AAI tem como objetivo captar o cliente para a corretora à qual é credenciado, que têm custos significativamente menores que os custos dos bancos. O AAI fará de tudo para que o cliente concentre a maior parte de suas aplicações na corretora em que o AAI trabalha. No entanto, ele só conseguirá manter aquele investidor em sua carteira de clientes se conseguir diferenciar-se em taxas e em qualidade de serviços.
Para atingir esse objetivo, o assessor se empenhará em atender às necessidades de cada um de seus clientes, o que implica menores custos para investir seu dinheiro, e uma combinação de produtos de investimentos alinhados com o perfil do cliente e que gerem retornos maiores.
Bancos são necessários. Afinal, precisamos pagar as contas, receber ou pagar salários, efetuar transferências de valores e termos cartão de crédito. No entanto, na hora de buscar um parceiro de investimentos que entenda suas necessidades, ofereça opções de produtos onde investir e ainda tenha baixos custos, não há como não investir através de uma corretora, com a ajuda de um agente autônomo de investimentos.
Descubra os melhores objetivos para seu perfil.