O que é IPO
Quando uma empresa se estabelece no mercado, seu objetivo é, obviamente, crescer. Só assim consegue expandir sua oferta de produtos ou serviços. Esse crescimento pode se dar basicamente de duas formas: ou é um crescimento orgânico, em que a empresa reinveste todo seu lucro para financiar seu crescimento, ou então a empresa toma dinheiro emprestado a uma taxa que seja menor do que a taxa de aumento do lucro que espera obter a partir daquele investimento.
No entanto, tomar dinheiro no mercado financeiro é caro. As taxas nem sempre são baixas, existe uma limitação de capital que pode ser levantado a partir do empréstimo, entre outras dificuldades.
Outra forma de a empresa obter dinheiro é convidando um sócio que concorde em aportar dinheiro no negócio e se beneficiar do crescimento futuro que será financiado por aquele aporte. Conseguir um sócio é a forma mais barata de se conseguir dinheiro. O sócio dá seu capital a risco em troca de uma expectativa de lucro (que pode ou não se realizar).
Nesse modelo, há o risco de o sócio querer participar da gestão do negócio, interferindo no dia a dia da empresa, o que pode ser bom, se houver sinergia de ideias com os proprietários, ou não, o que causará conflitos que, eventualmente, podem prejudicar a empresa.
A partir de determinado tamanho, a empresa pode considerar mais vantajoso conseguir muitos sócios, milhares deles, ao invés de apenas um.
É nesse momento que pode decidir por fazer um IPO – sigla que, traduzida para o português, significa Oferta Pública Inicial.
Basicamente, o IPO é a abertura de capital da empresa. É quando, pela primeira vez, ela vende parte de suas ações na Bolsa de Valores. Qualquer investidor pode comprar ações em um IPO, independentemente de quanto dinheiro tenha (desde que possa adquirir o lote mínimo).
Dessa forma, a empresa deixa de pertencer a um único dono e passa a ter muitos sócios, que, a partir desse evento, são chamados de acionistas.
Para poder abrir seu capital, a empresa tem que se transformar em uma S.A., ou Sociedade Anônima.
A empresa que abre seu capital passa a ter uma série de obrigações legais para garantir transparência a seus acionistas. Entre essas obrigações, ela deverá ter um conselho de administração, um departamento de RI – Relações com os Investidores, e tornar públicos seus dados financeiros e de gestão.
Pela atual legislação (2018), a empresa que obtiver lucro em suas operações deverá distribuir pelo menos 25% dele entre seus acionistas.
Há, obviamente, muitas vantagens para uma empresa que resolve abrir seu capital, mas duas delas se destacam: dinheiro e prestígio.
No primeiro momento em que a empresa vende suas ações, o dinheiro obtido vai diretamente para o caixa da empresa, o que significa capital barato para financiar seus investimentos.
Além disso, há também o prestígio. Uma empresa que abre seu capital obtém um bom conceito entre os investidores. Se ela for uma empresa de excelência, poderá, até mesmo, fazer parte do portfólio de um grande Banco ou Fundo de Pensão.
Boas empresas atraem investidores que, comprando e vendendo suas ações, podem elevar o preço dessas ações. Uma das formas de a empresa medir seu valor – o valor do negócio em si – é multiplicando a quantidade de ações que emitiu pelo valor dessas ações no mercado de bolsa. Assim, se bem administrada, ela pode valer mais.
Há algumas formas para o investidor comum ganhar dinheiro investindo no IPO de empresas e é o que veremos nas próximas aulas.
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