Escolhendo seus fundos
Até agora aprendemos sobre a importância do investidor conhecer seu perfil de tolerância ao risco, sobre a necessidade de se elaborar uma estratégia de investimento, e falamos também sobre os diversos tipos de Fundos de Investimento.
Chegou o momento de aprendermos os critérios que irão ajudar você a fazer boas escolhas. Para isso montamos este passo a passo para ajudá-lo a escolher o Fundo de Investimento mais adequado para o seu perfil
Passo 1 – Análise de Perfil
Quando você abre conta em uma Corretora, você irá se deparar com um questionário mais ou menos extenso com uma série de perguntas sobre você e sua vida financeira. Responda do modo mais preciso possível.
Este questionário tem o objetivo de ajudar a delinear seu perfil como investidor e, com base nele, saber que tipos de Fundos existem que atendem com maior precisão as suas necessidades.
Passo 2 – Defina seus objetivos
Todos nós temos planos para o futuro, e muitos deles envolvem dinheiro. Quando aplicamos nosso dinheiro em um Fundo de Investimento devemos ter muito claro quais são os nossos objetivos. Você deseja apenas proteger seu dinheiro contra a inflação? Ou deseja obter ganhos reais muito acima da Bolsa de Valores? Você pode ainda querer preparar-se para a universidade dos filhos, para o casamento deles ou o seu próprio casamento, uma viagem de férias ou sua aposentadoria. Cada um desses objetivos exigirá uma estratégia de alocação em produtos específicos e terá um prazo definido.
A regra é: desde que respeite seu perfil, quanto maior o prazo que você tem para alcançar seus objetivos, mais você poderá ficar exposto à renda variável. Quanto menor prazo você tem para alcançar seus objetivos, maior peso deve ser dado à segurança. Reservas emergenciais abrem mão de uma grande rentabilidade para ganhar em segurança e liquidez.
Sempre haverá um Fundo que apresente uma ou mais dessas características.
Passo 3 - Prazo
Ao estabelecer objetivos você passará invariavelmente pela definição dos prazos de investimento.
Se o seu objetivo for construir uma reserva para emergências, ou seja, no curtíssimo prazo, colocar dinheiro em um Fundo de Ações pode não ser a melhor ideia. Do mesmo modo que colocar todo seu dinheiro na Caderneta de Poupança para sua aposentadoria poderá não lhe dar a renda passiva que necessitará quando essa época chegar.
Não se esqueça de avaliar se o Fundo onde você pretende investir possui carência ou prazo de resgate definidos. Isso será importantíssimo caso você precise do dinheiro emergencialmente.
Passo 4 – Mínimo para investir
Todos os Fundos apresentam critérios de entrada. Alguns são dedicados exclusivamente a investidores qualificados, outros exigem uma aplicação mínima inicial muito grande. Outros ainda definem um valor mínimo específico para novos aportes ou resgates.
Assim, depois de listar todos os Fundos que atendem seus critérios de objetivo e prazo, é importante verificar se eles servem para o seu bolso não apenas no aporte inicial como nos aportes e resgates futuros.
Passo 5 – Estude o Fundo
Nesse momento sua lista inicial já deve ter diminuído consideravelmente. Os Fundos que restaram após passarem pela peneira dos seus critérios são fortes candidatos a receber seu dinheiro.
É o momento de verificar a qualidade do Fundo, e isso implica em conhecer seu histórico de rendimentos e a qualidade de sua gestão.
O histórico de rendimentos vai ajudá-lo a verificar sua consistência de resultados e também a volatilidade. Se o desempenho histórico do Fundo que você estiver analisando não corresponder a seus objetivos e perfil como investidor, elimine-o de sua lista.
A parte mais trabalhosa desse passo será avaliar a qualidade da gestão. Você deverá conhecer o nome dos gestores do Fundo e vasculhar seu passado profissional, para saber em que mãos você estará colocando seu dinheiro.
Passo 6 – Custos
Avalie com cuidado todos os custos do Fundo que você está analisando.
Siga essas dicas práticas:
· Fundos de Renda Fixa têm taxas de administração mais baixas que os demais Fundos.
· Compare a taxa de administração à taxa Selic – elas podem comer boa parte do seu lucro.
· Taxas de administração altas só se justificam para Fundos com performance histórica excepcional.
· Taxas de performance só se justificam para fundos com uma gestão ativa que busque superar um benchmark. E mesmo assim, elas deverão incidir somente sobre a parte do lucro que ultrapassá-lo.
Finalmente, sempre que possível, diversifique. Alocar seu capital em uma carteira de Fundos ajuda a mitigar riscos. A contrapartida é que a diversificação de seu capital em Fundos de diversas classes fará diminuir sua rentabilidade – lembre-se que a diversificação traz segurança e investimentos seguros remuneram menos.
Recado final: ao buscar Fundos de Investimento que possam atender seus objetivos e critérios você irá se deparar com milhares de opções. Diante disso, sempre valerá a pena discutir as alternativas de fundos, seus custos, riscos, retornos e prazos de resgate com seu assessor de investimento.
Encontre as melhores maneiras de conquistar seus objetivos de investimentos.