As modalidades de renda fixa segundo a forma de remuneração
Vimos na aula anterior que os títulos de renda fixa podem ser de dois tipos segundo o emissor, podendo ser públicos, quando emitidos pelos governos federal, estadual ou municipal, ou privados, quando emitidos por empresas privadas, como empresas privadas e Bancos.
Qualquer que seja o emissor, ele poderá decidir entre três formas possíveis de remuneração: prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Os títulos prefixados são aqueles em que sabemos de antemão que taxa receberemos no vencimento do título. A remuneração é constituída por uma remuneração fixa, determinada no momento da aplicação.
Isso pode se constituir em uma vantagem quando houver uma previsão de queda ou mesmo estabilidade na taxa básica de juros da economia. Supondo que você contrate um título prefixado que pague 11% a.a. de remuneração e que a taxa Selic esteja em 6,5% a.a. Você terá, neste exemplo, um rendimento real de 4,5% a.a.
Imagine então que, entre a data de aplicação e a de vencimento, a taxa básica de juros da economia, refletindo uma queda na inflação, vá para 5,0% a.a. Note que seu título pagará 11% – garantindo que você receba um rendimento real de 6,0% (maior, portanto, do que os 4,5% do cenário anterior).
Por outro lado, caso a taxa Selic suba, seu título terá uma redução relativa, já que, na época do resgate, títulos semelhantes estarão oferecendo remunerações maiores do que a do seu título comprado no passado.
A boa notícia é que você saberá com exatidão o quanto seu investimento retornará, antes mesmo de aplicar seu dinheiro, e independentemente do cenário futuro da economia.
Para um cenário de incerteza, há também os títulos pós-fixados. Eles darão a você uma remuneração indexada por um indicador. Como o indexador varia ao longo do tempo, você só saberá o valor exato de remuneração bruto no ato do resgate.
Digamos que você invista em um CDB pós-fixado que pague 110% do CDI. Se o CDI subir, sua remuneração absoluta será maior e, se cair, será menor.
Finalmente há os títulos híbridos, que misturam elementos de renda fixa e renda variável. É muito comum vermos esse tipo de título estar atrelado à inflação, ou seja, uma taxa prefixada mais a inflação do período. Dessa forma, o poder de compra é preservado. Perceba que a parte prefixada será a taxa de juros real, pois independentemente de qual seja a inflação, você receberá uma taxa previamente estipulada.
Por terem a característica de protegerem contra a inflação, os híbridos costumam ter opções de vencimentos mais longas, como é o caso do Tesouro IPCA, que tem vencimentos em 2035, 2045 e até 2050.
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