O que é Renda Fixa
Toda empresa, seja pública ou privada, além do próprio governo, necessita de recursos para financiar novos projetos e desenvolvimento de suas atividades. Uma empresa que, por exemplo, planeja investir na modernização de suas instalações com vistas a um aumento de produtividade, precisará buscar recursos financeiros que possibilitem esse investimento. Um Banco precisa de dinheiro para atender seus clientes e o governo também necessita de dinheiro para inúmeros propósitos.
Uma das formas dessas empresas e instituições terem acesso ao dinheiro é por meio da emissão de títulos de dívida. Ou seja, elas pedem dinheiro emprestado, contraindo, assim, uma dívida, com a promessa de devolverem aquele dinheiro acrescido de juros e correção em uma data pré-determinada.
Os títulos de dívida, portanto, podem ser de emissão pública – quando são do governo – ou privada, quando são emitidos por empresas e Bancos.
Do outro lado do balcão, está o investidor que busca aplicar seu dinheiro em um instrumento financeiro seguro e rentável e que estará disposto a emprestar seu dinheiro para aquela instituição em troca de uma remuneração. Assim, dizemos que ele aplica seu capital em títulos de renda fixa.
Eles são definidos como qualquer tipo de investimento que possui regras de remuneração definidas no momento da aplicação no título. Essas regras estipulam o prazo e a forma que a remuneração será calculada e paga ao investidor.
Isso significa que o investidor saberá de antemão, antes mesmo de aplicar seu dinheiro, a rentabilidade e o prazo de resgate daquele investimento.
Os investimentos em Renda Fixa são invariavelmente referenciados pelo CDI – Certificado de Depósito Interbancário. Há outras formas de se referenciar esses títulos, mas o CDI é o mais utilizado.
O uso de um benchmark como o CDI servirá para o investidor avaliar se aquele título em particular está remunerando adequadamente seu investimento. Há investimentos, por exemplo, que prometem superar o CDI. Outros, ainda, que não chegam a 100% de remuneração daquele benchmark.
Vejamos o exemplo visto na videoaula:
Se você fizer um investimento de R$10.000,00 em um CDB para um (01) ano e que pague uma taxa prefixada de, digamos, 7,04% ao ano, terá recebido, ao final de 12 meses, a quantia bruta de R$ 10.704,00.
Supondo que nesta época a taxa do CDI estava em 6,4% a.a., o CDB do nosso exemplo entregou a você uma remuneração equivalente a 110% do CDI.
Quando você pesquisar por títulos de renda fixa no mercado, irá se deparar invariavelmente com essa referência, o CDI. Isso o ajudará a comparar as remunerações de diversos títulos para poder decidir qual deles, respeitando seus critérios, remunera melhor o seu capital.
Uma grande vantagem encontrada em diversos títulos de renda fixa é a cobertura do FGC que, com regras próprias, garante o ressarcimento do investidor em caso de quebra da instituição emitente do título.
Entre esses títulos, há alguns que dispensam essa proteção, como é o caso dos títulos do tesouro, já que a garantia é a própria união. Isso significa que o investidor só perderá o seu dinheiro se o país inteiro quebrar, algo quase impossível de acontecer.
Outros ainda contam apenas com as garantias oferecidas pelo emissor, como é o caso das debêntures.
Mas varia?
Algo que o investidor deve se manter atento é que, em diversos títulos públicos, o preço de entrada pode variar.
Se você acompanhar os preços unitários dos títulos do tesouro ao longo do tempo, verá que eles se modificam. Em termos práticos, isso significa que se você precisar antecipar o resgate de seu título, poderá ter uma renda superior àquela que esperava ou, eventualmente, perder dinheiro. Mas, se quiser receber integralmente a taxa contratada, deverá levar o título até a data de vencimento.
Nesse caso, vale a máxima: a renda é fixa, mas o preço não.
Saiba mais
Acompanhe a variação de preços dos títulos públicos: http://tdcharts.info/titulos
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