O velho e bom 1%
Em um passado não muito distante, o Brasil viveu as terríveis consequências da hiperinflação, em que era comum convivermos com taxas que alcançavam 80% e arruinavam até mesmo os mais bem-intencionados planejamentos tanto de empresas como das pessoas. Para se ter uma ideia, no ano de 1989, a inflação acumulada atingiu a marca dos 1.782,90%.
No início de 1994, criou-se um programa de reformas econômicas bastante abrangente, que tinha como principal objetivo o controle da hiperinflação. Junto com ele, o Brasil adotou um regime de bandas cambiais, para ajudar na implantação da reforma.
A partir da estabilização da economia, o governo, com sua política econômica, adotou, em 1999, o sistema de metas de inflação cujo objetivo era manter a inflação em níveis baixos.
Na prática, o Conselho Monetário Nacional determina previamente qual a meta de inflação objetivada, encarregando o Banco Central (BC) de cumpri-la com total independência operacional.
Para isso, o BC adota basicamente três caminhos: controle da taxa de juros de curto prazo, o depósito compulsório dos bancos e a taxa de redesconto.
Todas essas medidas controlam o fluxo de dinheiro, evitando que uma oferta excessiva de moeda provoque um aumento à inflação. Por outro lado, não se pode enxugar em excesso a quantidade de moeda disponível, sob pena de causar uma retração econômica (no curto prazo). A imagem é a do equilibrista de circo, cujo desafio é manter todos os pratinhos girando sobre varetas.
No passado, em tempos de inflação alta e com o governo tentando medidas para reequilibrar a economia, podíamos ter uma taxa de juros até mesmo maior que 1%, dado que a inflação das famílias poderia ser menor que a inflação oficial.
Nesta série de aulas, iremos entender por que conseguíamos obter o famoso 1% de rentabilidade, as mudanças que ocorreram depois e como é possível obter um rendimento bem próximo a esse atualmente.
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