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Investir: quando compensa ter a cobertura do FGC?

por Marcos Moore

Maior o risco, melhor o retorno

A primeira pergunta que vem à mente do investidor quando aprende que nem todos os investimentos possuem garantia do FGC é: "qual seria, então, a vantagem de colocar o seu dinheiro em algo que não oferece garantia caso a instituição financeira depositária entre em liquidação?".

A resposta é bastante simples, e segue a regra geral de todo e qualquer investimento: quanto maior o risco, melhores e maiores serão os retornos; e vice-versa. O risco sempre será precificado e remunerado de acordo e na proporção direta de sua incidência.

Não contar com uma proteção ou garantia implica necessariamente risco. Portanto, os investimentos não cobertos pelo FGC poderão apresentar uma rentabilidade maior do que seus equivalentes cobertos.

É claro que outras variáveis entram no processo. Um CDB de uma grande instituição terá uma remuneração menor do que o CDB emitido por um Banco de pequeno porte; mas caberá ao investidor fazer uma pesquisa para saber se vale a pena aplicar seu dinheiro em algo não coberto pelo FGC.

Mesmo que a diferença entre as remunerações seja pequena, sabemos que, no longo prazo, essa diferença resultará em ganhos significativos em razão dos juros compostos.

No entanto, há meios para que o investidor possa realizar sua escolha com maior segurança, mesmo em investimentos sem a cobertura do FGC. Uma dessas formas é verificar a classificação de risco da instituição financeira onde se pretende investir.

Agências especializadas em rating atribuem notas às instituições financeiras que vão de AAA até D, sendo AAA a melhor classificação. Entre os critérios de classificação, são avaliados itens como a qualidade dos investimentos, experiência dos executivos, estrutura e qualidade da administração da instituição e sua estrutura de controle de riscos.

Fitch Moody´s S&P (Standard & Poor´s)
Longo Prazo
AAA Aaa AAA Prime - A mais alta qualidade
AA+ Aa1 AA+ Grau Elevado
AA Aa2 AA
AA- Aa3 AA-
A+ A1 A+ Grau Médio Elevado
A A2 A
A- A3 A-
BBB+ Baa1 BBB+ Grau Médio Baixo
BBB Baa2 BBB
BBB- Baa3 BBB-
BB+ Ba1 BB+ Grau de não-investimento
BB Ba2 BB Especulativo
BB- Ba3 BB-
B+ B1 B+ Altamente Especulativo
B B2 B
B- B3 B-
CCC Caa1 CCC+ Risco Substancial
Caa2 CCC Extremamente Especulativo
Caa3 CCC- Em moratória com uma pequena expectativa de recuperação
Ca CC
C
DDD C D Em moratória
DD /
D /

A melhor maneira de se escolher um investimento entre aqueles que não têm cobertura do FGC é através da qualidade da instituição que oferece aquele investimento. Se você tiver que escolher entre CDBs de diversos Bancos, opte sempre por aquele que tenha o maior rating.

Note também que há instituições tão pequenas que sequer chegam a ser avaliadas pelas agências de classificação de risco. Para esses casos, é melhor abrir mão de um pouco mais de rentabilidade em troca de maior segurança.

Descubra os melhores objetivos para seu perfil.

Marcos Moore

Marcos Moore

Marcos Moore é trader desde 2004, empresário e foi sócio-diretor da XP Educação. É também autor de livros sobre o mercado financeiro.

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