Por onde começar?
Vimos nas aulas anteriores que, para a construção da riqueza, é necessário fazermos uma reformulação mental a respeito de nossas crenças e também mudar alguns hábitos.
Se você já está nessa fase, parabéns! Sua jornada começa aqui.
Como você viu na aula anterior, um dos componentes do projeto de riqueza é aplicar seu dinheiro em produtos ou ativos financeiros que apresentem um rendimento maior que a inflação. Com o tempo, a inflação corrói o poder de compra do seu dinheiro e ele passa a valer menos. Então, para acelerar o trabalho dos juros compostos, é fundamental que os ativos em que você aplica seu dinheiro pelo menos ganhem um pouco desse indicador.
No Brasil e no exterior, temos milhares de aplicações possíveis e que podem ser classificadas basicamente como aplicações de renda fixa e de renda variável.
Como deve saber, todo e qualquer investimento está sujeito a três variáveis: rentabilidade, risco e liquidez.
Rentabilidade é o valor percentual que se pode obter a mais sobre o valor do dinheiro aplicado, o que pode ser muito variável. Você pode conseguir apenas a correção do seu capital pela inflação ou pode obter rendimentos acima do rendimento da Bolsa de Valores.
Risco é uma variável que mede a facilidade ou a dificuldade que determinado investimento oferece para que você perca seu dinheiro. Aplicar dinheiro em renda variável é mais arriscado que aplicar o dinheiro na Poupança. A possibilidade de perder dinheiro na Poupança é bem menor do que na Bolsa de Valores.
Liquidez mede a velocidade com que podemos transformar um ativo em dinheiro líquido. Uma aplicação em Poupança têm alta liquidez – você consegue ir ao caixa eletrônico e sacar dinheiro vivo de sua conta Poupança. Já um imóvel tem baixa liquidez – às vezes, leva-se bem mais de um mês para poder vender um apartamento e transformá-lo em dinheiro.
A má notícia que é não há nenhuma aplicação que ofereça os três ao mesmo tempo. Você terá sempre duas dessas variáveis e terá que abrir mão de uma terceira.
Por exemplo: a Poupança tem boa liquidez e ótima segurança. No entanto, a rentabilidade não é boa. Já um investimento em Ações oferecerá alta rentabilidade, excelente liquidez mas pouca segurança (é possível perder dinheiro em Ações). Um imóvel apresenta segurança e rentabilidade, mas baixa liquidez.
Então, vem a pergunta: se existem inúmeros instrumentos e produtos financeiros com características distintas e diversos graus de liquidez, segurança e rentabilidade, como escolher?
A resposta é: depende. E depende de algumas variáveis, como perfil pessoal, objetivo, prazo e capacidade de investimento.
O perfil pessoal inclui sua tolerância à tomada de risco – há pessoas que simplesmente não suportam a ideia de ver seu dinheiro variar para cima e para baixo ao sabor dos humores do mercado. Outras já não gostam da ideia de ter que esperar um ano para ver seu dinheiro crescer 8% ou 9%.
Conhecer seu perfil de tolerância ao risco é fundamental para elaborar uma estratégia de investimentos.
Outros fatores, como tempo disponível, ou seja, quanto tempo você pode esperar até atingir o seu objetivo financeiro – quanto menor esse tempo, maiores deverão ser os aportes e/ou os rendimentos (lembrando que rendimentos altos significam riscos altos).
Sua capacidade de investimento também entra nessa equação. Quanto mais dinheiro você puder aportar, mais cedo poderá alcançar seus objetivos.
Assim, conhecendo seu perfil, seus objetivos e capacidade financeira, será mais fácil elaborar uma estratégia de investimentos que corresponda à sua realidade e atenda seus objetivos.
É uma decisão basicamente matemática que inclui variáveis como rendimento, risco, capacidade de aporte e tempo, e é isso tudo o que você deve aprender para encontrar seu caminho para a riqueza.
Uma vez encontrado o caminho, basta seguir seu plano até seus objetivos serem alcançados.
Parece simples – e, de fato, é – mas requer autoconhecimento, estudo, dedicação e disciplina.
Descubra os melhores objetivos para seu perfil.