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Como combinar Análise Técnica e Fundamentalista?

por Augusto Andréa

Montando a sua carteira

A montagem de uma carteira de investimento em ações, apesar de um pouco trabalhosa, traz muitas compensações financeiras ao investidor. A primeira delas é que, apesar do risco intrínseco de cada ação individualmente, ele poderá ser mitigado por meio da diversificação.

Imagine que você monte uma carteira de investimento com 10 papéis.

A primeira regra da diversificação é procurar não concentrar todos os papéis em poucos setores. O ideal é distribuir suas ações por setores distintos, para que uma eventual queda em um dos papéis seja compensada pela alta de outro. Assim, é importante você mesclar sua carteira para que o risco de queda em um setor particular não afete todo o seu patrimônio.

Digamos então que uma das ações apresente uma queda importante. Em uma carteira contendo 10 papéis de setores distintos, aquela queda afetará apenas uma pequena parte de 10% de sua carteira total – uma queda suportável e que, com o tempo, será compensada com a alta dos outros papéis.

Você pode montar uma carteira de crescimento, em que o objetivo é a valorização do seu patrimônio, ou uma carteira de dividendos, em que o objetivo é obter uma renda passiva estável.

De um modo geral, as empresas que pagam muitos dividendos são empresas que crescem pouco. E isso ocorre porque, eventualmente, já alcançaram um grau de maturidade e tamanho no mercado em que o espaço para o crescimento é menor; ou então possuem limitações para crescer, como é o caso de muitas concessionárias.

Então, essas empresas distribuirão a maior parte do lucro a seus acionistas.

Já as empresas que têm bastante espaço para crescer em seu mercado utilizarão a maior parte do lucro para reinvestir no negócio e continuar crescendo. Com o crescimento, vem mais faturamento; e, quanto maior o faturamento, maior o lucro.

A partir daí, você já começa a formar uma boa ideia sobre como combinar as ações de sua carteira com seus objetivos financeiros.

Para selecionar cada empresa individualmente, você poderá contar com a análise fundamentalista, que inicia pela análise de cada setor da economia para saber onde e quando investir.

Como regra geral, uma boa empresa é aquela que mantém um histórico de lucros constantes e crescentes, crescimento e dívida equilibrada. É isso que você deve buscar em uma empresa. Pense como sócio, você sempre procurará ser proprietário de empresas bem administradas, com um bom mercado para crescer e com histórico de gestão competente.

Na hora de fazer sua análise, conte sempre com os indicadores fundamentalistas, que poderão ajudar a entender como está a gestão da empresa.

Mas não basta olhar apenas os indicadores como os que você viu na aula. Veja também o histórico desses indicadores ao longo do tempo. Eles são todos extraídos de três documentos contábeis importantes:

  • Balanço;
  • DRE – Demonstração dos Resultados do Exercício;
  • Fluxo de Caixa.

Feitas as análises e selecionados os papéis, você deverá escolher o melhor momento para comprá-los.

Como você já deve ter percebido, os preços flutuam ao longo do tempo, desenhando um padrão de altas e baixas no gráfico.

Sua tarefa será utilizar elementos de análise técnica para detectar os momentos de baixa, quando a ação se desvaloriza, para comprar.

Note que não é porque a ação se desvaloriza que a empresa piorou. Na totalidade das vezes, se a empresa é boa, bem administrada e tem ótimos fundamentos, essas baixas de preço podem ser consideradas como oportunidades.

Pense naquele seu tênis de marca. Não é porque ele está em promoção da loja que ficou um tênis ruim – ele continua bom, só está em promoção.

Dessa forma, se você fizer um programa de compras frequente e for adquirindo papéis aos poucos, em um bom preço, construirá uma carteira segura, estável e com risco mitigado pela diversificação.

Como os fundamentos de uma empresa não mudam do dia para a noite, a manutenção de sua carteira de ações poderá ser feita espaçadamente. A cada 3 ou 6 meses, você deverá revisar sua análise, verificar se os fundamentos que justificaram aquela aquisição permanecem os mesmos e efetuar eventuais pequenos ajustes.

Lembre-se: uma carteira de ações é sempre um investimento de prazos maiores. Você poderá usufruir de bons ganhos de capital e de uma renda passiva que, depois de algumas décadas, poderá significar uma confortável aposentadoria.

Encontre as melhores maneiras de conquistar seus objetivos de investimentos.

Augusto Andréa

Augusto Andréa

Mestre em economia pela UFRJ com graduação pela PUC-Rio e MBA em Gestão de Investimentos.

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